domingo, 27 de outubro de 2013
Like a Holy War
Johannes viveu durante a Guerra dos 30 Anos, e para entender pelo o que passou o nosso querido professor nessa época, é importante saber o que foi essa guerra.
A Guerra dos 30 Anos é na verdade, uma série de guerras que ocorreram em diversas nações europeias, com destaque à Alemanha. Os motivos das guerras eram vários, como rivalidades dinásticas, territoriais, comerciais e religiosas. O conflito, considerado uma guerra santa, não passava de exploração do fanatismo religioso por parte de grupos sedentos por terras e poder. A população brutalizada na Europa assistia a tudo indefesa, enquanto seus arados e foices eram literalmente superados por espadas e lanças.
Boatos e paranóia espalhavam-se no interior, atingindo especialmente os desamparados. Entre os muitos bodes expiatórios, haviam mulheres idosas e sozinhas, ou acusadas de bruxaria. A mãe de Kepler estava entre essas, e foram necessários 6 anos de esforços incessantes para que Kepler conseguisse salvar a vida dela. Katharina Kepler era uma velha rabugenta, que se envolvera em disputas que aborreceram a nobreza local, além de vender "poções mágicas".
Kepler achava que tinha contribuído, sem querer, para a que a mãe fosse presa, pois havia escrito uma das primeiras histórias de ficção científica, cujo objetivo era explicar e popularizar a ciência. Ele imaginou uma viagem à Lua com astronautas pousando na superfície lunar, olhando para cima e vendo girar lentamente sobre suas cabeças o adorável planeta Terra. Ele acreditava que um dia o homem lançaria naves celestiais a vastidão do espaço.
Ele especulou sobre as montanhas, vales, crateras, clima e até os possíveis habitantes da Lua.
Antes de Kepler, a astronomia quase não tinha vínculos com a realidade física, mas graças a ele, surgiu a ideia de que uma força física impulsionava os planetas em suas órbitas.
Ele foi o primeiro a combinar uma imaginação intrépida com medições precisas para avançarmos rumo ao cosmos, tudo mudou depois dele.
Quando ainda garoto, Kepler era fascinado pela visão do esplendor cósmico, uma harmonia de mundos que ele buscou incansavelmente, por toda a sua vida.
A harmonia neste mundo o frustrou e suas 3 leis do movimento planetário representam, sabemos agora, a verdadeira harmonia dos mundos.
Mas para Kepler, elas eram apenas acidentes em sua busca por um sistema cósmico fundado nos sólido perfeitos, um sistema que, afinal só existia em sua cabeça.
Mesmo assim, graças a sua obra, encontramos as leis científicas que permeiam toda a natureza.
E estas mesmas leis aplicam-se tanto na terra como no céu.
Graças a sua obra, podemos encontrar a ressonância, a harmonia entre nosso pensamento e o funcionamento do mundo.
Quando percebeu que as convicções pelas quais tinha tanto apreço não concordavam com a observação, aceitou os fatos embaraçosos.
Kepler preferiu a dura verdade às ilusões que lhe foram tão caras e assim constituiu a essência do conhecimento científico.
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